Descubra os mitos e verdades sobre a gravidez

Desvende os mitos que envolvem o momento mais especial na vida da mulher. Junto com a alegria de ser mãe, costuma vir também muitas dúvidas, medos, curiosidades e até superstições. Entrevistamos a nutricionista funcional da clínica Gastro Obeso Center, Sandra Maria; Ana Beatriz Cintra, psicóloga e autora do livro “Mudando sua história – Obesidade Nunca Mais”; Myrla Merlo, nutricionista da Clínica Da Matta Fisio e Fá¬bio Passos, ginecologista da Amil para esclarecer todas as suas dúvidas.

A ingestão de café faz mal para o bebê?

VERDADE: O excesso de cafeína pode ser nocivo ao bebê. Importante também é evitar a ingestão do cafezinho após as refeições, pois ele pode reduzir a divisão de nutrientes tendo como consequência a redução do crescimento fetal, prematuridade, restrição de crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer, aborto espontâneo e malformações. A recomendação é que não ultrapasse 200 mg (1 xícara de café = 92 mg). Não se esqueça que o chá, bebidas energéticas, refrigerantes tipo cola também entram nessa conta.

Mulheres grávidas podem ter desejos de comer coisas estranhas, como terra e sabão?

VERDADE: A prática de picamalásia dentre as gestantes pode estar associada, entre outras coisas, à anemia, à obstrução intestinal, a problemas dentários, a infecções parasitárias, à toxoplasmose e a síndromes hipertensivas na gravidez. Pode estar associado à deficiência de alguns nutrientes provenientes do solo como, por exemplo, ferro, zinco, cálcio e selênio.

Se a grávida tiver vontade de comer alguma coisa e não saciar o desejo a criança poderá nascer com manchas parecidas com o alimento?

MITO: Não existe nenhuma teoria biológica que confirme essa superstição. E pelo que tenho visto nos bebês, poucos nascem com manchas parecidas com alimentos. Antigamente, por ser a maioria parto normal, mesmo casos mais complicados, muitos bebês nasciam com manchas vermelhas pelo próprio processo de nascimento no ato da expulsão que força a cabeça do bebê, deixando marcas ao passar pelo colo uterino. Talvez por essa razão tenha nascido essa “crendice” sobre o desejo e a mancha.

Sexo na gravidez faz mal?

MITO: Sexo na gravidez faz muito bem a todos, mas existem algumas situações específicas como a ameaça de parto prematuro e placenta prévia em que a relação sexual pode ser prejudicial. É interessante ressaltar que a libido do casal pode alterar-se para mais ou para menos no período gestacional.

A grávida precisa comer em dobro?

MITO: A grávida deve reduzir o intervalo entre as refeições podendo chegar a intervalos de duas horas. Sempre priorizando alimentos com grande valor nutricional como frutas, verduras, legumes e cereais. Existe uma necessidade calórica aumentada no período gestacional, de cerca de 300 Kcal, ou seja, a grávida NÃO precisa comer por dois. O ideal é que comece aumentar a ingestão calórica após o primeiro trimestre, no quarto mês de gestação. Pois no início, o ganho de peso é só da mãe e depois disto o bebê precisa ganhar peso, pois está crescendo.

Mulheres grávidas não podem comer peixe cru?

VERDADE: Carnes e peixes crus são potencialmente perigosos quando falamos de parasitas, e podem causar sérios riscos ao bebê (cegueira e danos cerebrais) e a saúde da mãe (vômitos, dores abdominais, urticárias…). Se tivesse a total certeza de que o peixe não está contaminado, não teria problema. O fato é, preferimos não arriscar.

O formato da barriga (redonda é menina, pontuda é menino) tem relação com o sexo do bebê?

MITO: O formato da barriga se deve a anatomia uterina e do corpo da gestante, independente do sexo do bebe. Úteros com miomas ou malformações podem ter formatos diferentes do usual.

Depois de uma cesárea, não se pode mais fazer parto normal?

MITO: É possível o parto normal após uma cesariana, sendo recomendado um intervalo de 2 anos após a cesariana como mais seguro para tal. Quando a paciente tem uma cesariana previamente fica mais difícil a indução de parto com alguns medicamentos pelo risco da rup-tura do útero no local da cicatrização.

Fonte: BOLSADEMULHER

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