A Glutamina

A glutamina é o aminoácido (menor parte de uma proteína) mais abundante no sangue, no plasma, nos tecidos e especialmente nos músculos. Ela é fonte de energia para algumas células, semelhante à glicose. É considerada um aminoácido condicionalmente essencial, ou seja, conseguimos sintetizá-la no nosso organismo. Mas em situações de estresse como grandes cirurgias, queimaduras extensas, inflamações, numa dieta com baixa proteína, elevação das taxas de degradação muscular (atividade física intensa) e no jejum prolongado, a glutamina pode ficar deficiente no organismo. Essa deficiência pode prejudicar os órgãos que usam esse aminoácido: como as células do sistema imunológico (defesa do nosso corpo), células do intestino, rim, fígado. A glutamina também ajuda a desintoxicar o corpo do nitrogênio e da amônia. O nitrogênio livre poderá formar amônia, que é tóxico para o corpo, principalmente para os tecidos cerebrais.

          Em situações normais, conseguimos sintetizar a glutamina, sem a necessidade de ingestão suplementar. A suplementação só será necessária nos casos citados acima (estresse no organismo como atividade física intensa, grandes cirurgias, queimaduras extensas, sepse e inflamações…). As fontes alimentares da L-GLN disponíveis estão nas carnes, ovos, derivados do leite e da soja.

Diversas alternativas de suplementação com glutamina antes, durante e depois do exercício tem sido pesquisadas com relação a imunocompetência, força, rendimento e ressíntese de glicogênio em atletas. A suplementação em sedentários poderá ser feita dependendo da patologia instalada ou deficiência.

Para ter certeza se a suplementação da glutamina atingirá o órgão alvo, como por exemplo, os músculos, devemos estar atentos que ela poderá ser utilizada primeiramente pelas células do intestino que utilizará grande parte, uma vez que passará por elas primeiro.

 Indicações terapêuticas do uso da L- GLN

  • Disfunções intestinais
  • Síndrome do intestino curto
  • Doença inflamatória intestinal
  • Enterite induzida por radio/ quimioterapia
  • Enterite infecciosa
  • Estados de Imunodeficiência
  • AIDS
  • Disfunção do sistema imune associada a estados críticos ou ao transplante de medula óssea
  • Situações de hipercatabolismo
  • Queimaduras/ trauma múltiplo/ cirurgias de grande porte
  • Choque séptico
  • Transplante de medula óssea
  • Outros estados críticos

           Quando se fala de suplementos, temos sempre que analisar os rótulos e a confiabilidade da marca. Pesquisa do COI realizada em 634 suplementos concluiu que 14,8% (94) continham substância pré-hormonais não declaradas nos rótulos e 10,4% (66) não foram obtidos resultados conclusivos. A suplementação por via oral na forma de dipeptídeo é uma maneira eficiente de fornecimento de glutamina para o organismo, mas ainda muito cara. A utilização, contudo, de glutamina na forma livre (L-glutamina) associada à L-alanina, embora recente, também parece ter efeitos importantes, principalmente sobre a lesão muscular e os sistemas inflamatório e antioxidante corporal.

          A quantidade necessária para suplementação deverá ser feito por nutricionista ou médico, visto que dependerá de qual estresse o organismo está passando, sexo, peso e profissional saberá qual a melhor via de administração (oral ou parenteral).

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